quinta-feira, 28 de julho de 2011

Entrevista: Diogo!

foto por @leehpunk

    Depois da Gabih, Vans e Jess, eis que o nosso baterista Diogo Marino também topou responder algumas perguntas aqui pro blog! Assim como as outras três entrevistas, essa com o Diogo também foi feita através do e-mail. Mais uma vez, agradeço pela atenção e disponibilidade; assim como as entrevistas anteriores, essa também ficou uma coisa linda! 

E vamos ao que interessa!

[blog] A DDF acabou de completar 6 anos; sabemos que a Vans e a Preta é que estão desde o começo na banda. Quando você entrou pra Depois do Fim? Como rolou o convite?
[diogo] Na verdade, pouca gente sabe disso, eu comecei na DDF como motorista. Haha Conheci a Preta quando ela organizava shows aqui no Centro de São Bernardo, na época eu tocava com uma banda chamada Müniche. Foi a banda que eu comecei a tocar e tal, mas a banda acabou. Depois disso comecei a ir em alguns shows da DDF, até que comecei a ajudar a banda dirigindo o carro do Pai da Preta e levando as meninas para os shows. Eu não tenho bem certeza da data, acho que faz uns 3 anos que eu toquei pela primeira vez com elas, toquei uma musica no Kanuk's Pub e nem sabia que estava sendo testado. Ai eu fui aprovado e entrei e estamos ai até hoje.

Não é novidade que você já integrou algumas outras bandas. No seu MySpace, inclusive, tem um pouco de cada coisa, bandas além da DDF. Hoje você está só com a Depois do Fim, não é? Caso a resposta seja sim, como foi abrir mão das demais bandas e focar só na DDF?
Eu entrei no mundo da musica graças aos amigos do colégio. Eles tinham uma banda que não tinha baterista. E eu meio que batucava nas carteiras do colégio. E ai me sugeriram aprender a tocar batera, pra entrar na banda. Pedi ajuda pro meu tio que é baterista profissional, ele me emprestou uma batera, deu uma aula, dai depois de 1 mês estava tocando com meus amigos. Sempre foi muito difícil conseguir bateristas disponíveis. E bateristas dedicados, que conseguem fazer o mínimo, era mais difícil ainda. Então era inevitável ser chamado pra tocar em um monte de bandas. Teve época que eu tava em 5 bandas, as vezes eu tocava com todas no mesmo lugar haha era engraçado.
Quando entrei na DDF eu tocava em mais 2 bandas, só que a DDF começou a crescer muito rapidamente, fazendo shows todo final de semana, ai não teve jeito. Pra não prejudicar as outras, optei por sair e ficar só na DDF e as vezes, faço shows com o Cotonets, banda do nosso querido amigo e Roadie Diego Oddih. E aproveitando a deixa, meu myspace é myspace.com/diogomarino haha

Essa talvez seja a pergunta que você mais responde, mas é inevitável. Por um bom tempo você foi o único cara da banda... Como era conviver com quatro mulheres e, com toda certeza, ainda aguentar um ou outro comentário sobre "bandinha de menina" em dias de show? Isso já te incomodou ou você nunca deu muito espaço pra esse tipo de coisa?
Pois é. haha Mas como você sabe, eu já tive muitas bandas. Em duas dessas bandas, tinham formação com uma menina. Nunca foi problema. Com as DDFs também nunca tive problema com isso. Com o tempo você aprende a lidar com cada uma, e ai você descobre quando se afastar nos momentos críticos. É tranquilo. Sobre bandinha de menina, não me incomodo nem um pouco. Ta na minha cara que não sou menina haha. Ser uma banda só de menina nunca foi prioridade na DDF que sempre teve pelo menos um menino na formação. Então pra mim, tudo bem. Eu acho bacana.

Por ser um dos mais "experientes", digamos assim, da banda (hahaha) e sempre ter participado de outros grupos, você deve ter vivido bastante o cenário underground. Na sua opinião, houve alguma mudança? O independente tá ganhando espaço? Ainda falta algo?
Eu vi nascer essa onda de venda de ingressos, que começou aqui em São Bernardo, e que eu acho que é até hoje o principal problema da cena under. Eu acho que isso ainda é um câncer que foi implantado e que não cura, muito por conta das próprias bandas que acham que vender ingresso pra tocar junto das bandas maiores, vai alavancar elas, e ai fica um circulo vicioso. Eu ainda sinto muita falta da união entre as bandas, seja do independente, seja do mainstream. Ainda existe muita inveja, muito ciúmes. E não vejo uma perspectiva de melhora nisso tão cedo. Mas tem muita banda boa no independente, que merece estar no topo. Mas um bom som e humildade somente, não alavanca ninguém, infelizmente.

Na última entrevista, com a Jess, perguntei sobre como ela se sente no palco depois de um dia não muito legal, ou quando está com problemas e ainda assim tem um show. Pra você, como isso funciona? Dor de cabeça, dor nos braços, problemas... Isso é deixado de lado quando você começa a tocar?
Nossa acho que não tem nada melhor pra um músico que estar no palco. Já fiz show com uma antiga banda minha, morrendo de febre, tava de cama sem condições de levantar, sem comer nada, mas fui pro show e no momento que sentei na bateria, passou tudo. E após o show voltei a passar mal... hahaha. Na DDF ja toquei com uma tendinite fortíssima no punho, que no dia do show fui no hospital tomar injeção pra dor pra poder conseguir tocar minimamente. Problemas todos nós temos e sem duvida, o momento do show é um momento pra esquecer de todos eles, e tocar, afinal é o que amamos fazer.

Costumo perguntar sobre os shows que marcaram. Normalmente respondem sobre o show mais bonito, mais legal... Mas teve algum que marcou negativamente?
Nossa, eu ja tive VÁRIOS shows que me marcaram negativamente hahaha. Mas com a DDF não me recordo de nenhum que tenha sido ruim assim a ponto de marcar. Ja fizemos alguns shows ruins que sempre nos da algum tipo de lição pra melhorar pro próximo. Mas, que eu me lembre, nada de muito grave não.

Algo que eu tento não deixar de fora das entrevistas é a relação com os fãs. Todos vocês são uns queridos com quem acompanha a banda, isso é indiscutível. Carinho, cuidado, respeito... Como fã, eu não tenho do que reclamar! Como você vê esse lance de fã? De ter uma galera vestindo a camisa da sua banda, cantando junto, comprando os EP's e indo nos shows?  
Se você reclamar não te mando mais presentes. hahaha mas falando sério, a gente percebe que a parada esta dando certo nessas horas. Quando começa a surgir uma galera que nunca te viu tocar curtindo o som, e quando a banda lota uma casa como um Hangar 110 e a galera canta durante o show sem a Jess precisar cantar no microfone. Uma banda existe pra isso, pra espalhar sua música, pra passar sua mensagem, e se não tiver uma galera ouvindo, ninguém segue em frente. Então, nada mais justo dar atenção a essa galera que faz a DDF acontecer. E a gente espera nunca perder isso, procuramos dar atenção pra todo mundo. Não me vejo rodeado de seguranças ao chegar em um show, cordões de isolamento... haha Claro que a Jess pode precisar um dia pelo tamanho dela, uheuheuhae mas nós adoramos isso tudo. É o que nos motiva. 

E os integrantes da DDF? Com uma palavra, como você definiria cada um, incluindo você mesmo?!
Nossa é difícil essa. O legal do DDF é que cada um tem sua característica que somadas, da isso tudo que você conhece. Cada um contribui de um jeito, seja com a personalidade, seja com as influências. É difícil falar em uma palavra só. Posso pular essa? hahaha 

Mesclando realidade e sonho, o que o Diogo espera pra Depois do Fim?
Não da pra negar que as coisas estão indo bem. A gente aposta nossas vidas no DDF, e faremos de tudo pra conseguir tornar a DDF nosso meio de vida. É algo que eu busco desde que comecei a tocar ha uns 11 anos atras. Reconhecimento pela música que fazemos, e tocar em todos os lugares possíveis. Sabemos que no Brasil é difícil viver do Rock, mas acho que estamos no caminho certo. É preciso ter humildade e paciência, e sabemos que em breve chegaremos lá. Eu abandonei vários projetos, deixei de tocar com amigos de longa data, por acreditar que o DDF vai dar certo. Eu abracei isso, e vou até o final.

Rapidinhas:

Uma música? Millencolin - No Cigar
Uma inspiração? Meus pais
Um número? Sete
Um vício? Chocolates (minhas espinhas na minha idade não me deixam mentir haha)
Um sonho? Comprar uma casa no interior para os meus pais  
Uma lembrança? Lembro da primeira vez que toquei bateria. Um desastre haha
Um medo? Ter que parar de tocar e ter que ir fazer uma faculdade hahaha
Uma banda? Millencolin, sempre.

Se puder, deixa um recado pra quem é fã do Diogo e da Depois do Fim.
Pra quem é meu fã, você deve ser maluco hahaha brincadeira; só agradecer mesmo a galera que tem ido nos nossos shows, e quem acompanha a gente mesmo de longe (assim como você Tita) Sem vocês nada disso seria possível. É um clichê, mas é um fato. E a gente se vê por ai nos shows da vida. um grande beijo.

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Pra quem tem twitter e ainda não segue o Diogo, o link é esse: twitter.com/diogo_ddf. Ele ainda tem fotolog: fotolog.com/colcheia e o link do myspace que foi passado durante a entrevista: myspace.com/diogomarino.

*fotos por Leehpunk

2 comentários:

  1. entrevista com o diogo ao vivo agora: por que você não foi no aniversário da preta?

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  2. haha resposta ao vivo

    Na verdade, era dia de faxina em casa e eu perdi a carona do Diego, pq tinha chegado da academia tarde, e como estavam limpando o banheiro, nao consegui tomar banho. E tinha um outro compromisso a noite também, não ia conseguir ficar muito tempo.

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