segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sesc Consolação. 28.05.11. pt. 2, por Rogério Fialho.

Olha, eu contratei esse menino pra fazer a cobertura dos shows.. Sabe como é, o blog tá ficando sério, tem que ter mais gente no staff.. BRINQS!

Quem acompanha a DDF já deve saber que esse cara é um puta fã, gosta mesmo e veste a camisa da Depois do Fim com um orgulho imenso! Fiquei muito feliz por ele ter topado fazer mais uma resenha sobre um show da DDF. Rober... Ro, MUITO obrigada por estar nas 'loucuras' comigo, você é um dos que me empolga, e sabe disso.. Te falo o que um dia você já me falou: Todo mundo deveria ter um Ro na vida! *-*

Mas vamos ao que interessa?
Sesc Consolação. 28.05.11, por Rogério Fialho.


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foto por leehpunk


Rua Dr Vila Nova, 245 – SESC Consolação.

    Esse foi o local do até agora último show da Depois do Fim e acho que nem preciso falar do role que foi pra chegar até o SESC né? Não só pra mim, mas pra quase todos.
   Fã da DDF não é daquele fã que só curte a banda pela net ou em casa (agora se vc mora em outro estado, claro que complica). Se tiver que atravessar o mundo pra curtir 30 minutos de músicas, nós vamos, imagine se for um set list com 17 músicas...Isso mesmo (teoricamente) 17 músicas.

     Mas vamos aquilo que importa: O Show.
   Cheguei na rua do SESC e escutei uma música, ai pensei: Conheço essa música.. PQP.. E a DDF tocando.. To atrasado.. To atrasado. Mas não, era só a passagem do som. UFAA.
   Ao subir as escadas e entrar verdadeiramente no espaço vi algumas pessoas muito comportadas, sentadas em cadeiras estofadas, algumas outras comendo, outras conversando. Uma puta estrutura bacana. Aposto que deve ser uma honra tocar em lugares assim.
  O pior (eu pelo menos não suporto) haviam cadeiras na frente do palco. Pensa comigo: Quer assistir a um show sentado? Aluga um DVD e fica em casa. To errado? Não né.. Mas as pessoas nunca conseguem ficar sentadas.. Por isso não fiquei tão bravo.

Pausa pra uma observação:
 - As pessoas não ficam sentadas e SEMPRE se aproximam do palco porque a Jess ameaça de bater em todo mundo.. Pronto.. Falei mesmo.. AHSUHASHUASH

   O set list foi esse ó: (1) Canção pra te guardar; (2) Desculpa; (3) Ainda hoje; (4) Evidências; (5) Onde foi que eu errei; (6) Filme B; (7) Use somebody; (8) Sem você; (9) Tarde pra dizer; (10) Amor perfeito; (11) Me tira daqui; (12) 1 minuto e Sem ar - D'Black; (13) Nada é pra sempre; (14) Sei que um dia; (15) Linda demais – Roupa Nova; (16) Clichê e (17) Dissonante – essa não deu tempo para ser tocada (queria muito ter ouvido Dissonante, mas tudo bem).
   Diferente dos outros shows, a DDF foi apresentada, e a frase que mais gostei foi: Curtam a banda Depois do Fim (ahaaa, nem precisa dizer viu).
Um palco espaçoso, tudo muito bem equalizado, um volume de som ótimo pra quem admira boa música. Tudo impecável.
   Aaaaaa, não posso esquecer de dizer também, foi a estréia dos novos bebês da Gabih. São as coisinhas mais lindas do mundo, mas fazem um “estrago” genial. Parabéns pela escolha Gabih.

    Rola a introdução, e um pouquinho antes de começar Canção pra te guardar, a nossa pequena guerreira chama TODOS para perto do palco, pra que curtam melhor o show. Alguém em sã consciência vai contra a vontade da Jess?? Ela é brava tá? A maioria não sabe disso, mas tudo bem. =)

Uma pausa...
    Haviam pessoas de todas as idades, e isso não é uma força de expressão ta? Crianças com mais ou menos uns 3 anos de idade até vovozinhas adoráveis. Claro que ficaram um pouco desconfiados com o que a banda poderia produzir, mas bastaram poucos minutos para que todas pudessem ser contagiadas.

    Recebi duas informações importantes que merecem destaque: (1) Haviam mais ou menos 250 pessoas presentes e (2) Pra não dizer que estou mentindo, um amigo me disse que uma família (pai, mãe e filho, uma criança de colo, estavam curtindo bastante o show, de um modo comedido, mas curtindo). O que isso nos mostra? Que pra boa música não há idade, pra ter carisma não há idade. E pra colocar 250 pessoas no SESC tem que ser FODA mesmo.
    Haviam umas pessoas do lado de fora, sentados em frente ao SESC, que cantavam junto os covers e ficavam olhando pra área de conveniência, talvez se perguntando: Quem são esses malucos? Tadinhos... Não sabem 1/3 das loucuras que a Família DDF é capaz de fazer.

    Alguns momentos emocionantes também existiram, quer um exemplo? Posso dar até dois exemplos: (1) Gabih dizendo que sua avó estava presente e (2) A família da Preta em peso prestigiando o show, e nem vou dizer que lágrimas rolaram – apesar dela tentar segurá-las ao máximo. E o ápice da homenagem a família foi com um cover da banda Roupa Nova – Linda demais. Aaaaaa, que orgulho viu, desempenharam muito bem (dá pra conferir o vídeo que já está no youtube).

    Teve também O Momento. Uma senhora, com uma idade acima da média, estava sentada em uma mesa ao lado do palco. Ai ela levanta, e fica de certo modo tímida só observando. Ela se aproxima do palco e começa a dançar.. SIM.. A dançar.. Todo mundo quando viu a cena achou o máximo, e a tia super concentrada, quebrando tudo, e a cada música que passava ela se empolgava mais. Que incrível viu, e olha que pra uma pessoa de certa idade levantar da sua cadeira confortável pra dançar, a música tem que ser boa. Não que seja preconceito, mas é porque geralmente eles ficam envergonhados, e ao ver tantos jovens, ficam mais acanhados ainda. Mas a tia não estava nem ai. Merecidas palmas pra ela.

    Eu não sei se já falei ou se não falei, mas não importa: FOI UM SHOW MUITO BOM, um dos melhores que já assisti e interagi.
    E tenho que comentar aqui algo que falei pro Diogo e ele não acreditou muito: Esse baterista da Depois do Fim toca muito, tem uma dinâmica incrível e uma entrega a música absurda. Sou fã dele.
    Na minha humilde opinião, o Diogo e o batera do Evolua são os melhores do cenário independente, e se tocam bem e representam, eu falo mesmo.
   A musicalidade do Fuck me deixa impressionado de verdade, PQP que músico. As harmonias que ele faz são pra qualquer um olhar e tentar aprender. Conseguiu destaque em uma banda que já estava tudo fluindo muito bem e deixou o som com uma cara mais sofisticada.
    Já parou por uns 5 minutos pra ver a performance da Preta? Se não, presta atenção da próxima vez. É muita energia pra uma pessoa só, é muita alegria pra uma pessoa só. A energia que ela emite é tamanha que envolve todo mundo, sem falar naquele sorriso lindo né? Muito mais do que só uma menina que toca guitarra, pq tocar qualquer um toca.. Agora.. Mostrar sentimento naquilo que está sendo tocado.. Pra poucos.
    Gabih.... Aaaaa Gabih. Antes de comentar da segurança dela quando sobe no palco, tenho que dizer: Essa menina me diverte e faz acreditar muito que TODOS precisam de uma Gabih em suas vidas, assim como TODOS precisam de um Tita em suas vidas. Toca muito e ainda tem uma voz linda.. Cada dia mais e a cada show que passa admiro a doçura da Gabriela, a disposição dela no palco..
    Eu não sei porque, mas a Vans me transmite uma paz... Ainda mais quando ela fecha os olhos e começa a tocar e cantar. E é isso que eu acho que falta nas bandas de hoje.. Acreditar naquilo que está tocando, realmente sentir aquilo que está cantando, mostrar a sua verdade pras pessoas. Discreta, mas extremamente importante, extremamente cativante e consegue uma produção de som FODA.. E as letras que ela escreve, pelamor.
    É a emoção em 1m60 (dei uma forçinha na altura hein =D), mas tamanho mais do que nunca não é documento. O respeito ela ganha na presença de palco, na voz incrível, no jeito de ser fofa e com uma ternura absurda. Nem comento nada sobre a Jess, pq acho que a admiração que tenho por ela não é novidade pra ninguém. Em todo show as pessoas ficam desconfiadas só pq ela é pequena.. Mal sabem do que ela é capaz. Esse é o poder Jess de ser..

    Mais um comentário de algo que eu vi e me deixou com a certeza do caráter e respeito desses músicos: Após o show, um grupo de umas 3 meninas chegaram pra falar com a Vans, e uma das gurias ajoelhou na frente dela, seguida pelas outras meninas. E o que a Vans fez? Ajoelhou com elas. Isso pode parecer só um gesto simbólico, mas não é. Quantos músicos você vê que realmente respeitam os fãs, que os trata como amigos. Ai vc pode me falar: Aaaa, mas é banda independente, dá pra ter uma relação mais constante com fãs. Agora pensa, se não existe consideração por poucos, quem dirá por muitos. Achei muito nobre a atitude da Vans.

    É tão gostoso estar perto dos seus ídolos sabe? Eu curto muitas bandas, mas acho que por metade dela, eu não faria nem metade do que faço pela Depois do Fim. Já perdi show da Fresno de graça pra ver a DDF tocando e não me arrependi em nada (sendo que a Fresno ia tocar quase do lado de casa, e pra ver a DDF, atravessei SP). É muito bom olhar e saber que a única distância entre a DDF e a Família DDF é a altura do palco, pq depois disso, estamos todos juntos.

    Pra fechar, mais uma história vitoriosa na vida desses seis, e quem ganha mais ainda somos nós fãs, que somos recompensados cada dia mais com uma música de qualidade, que não agride ninguém e prova que BANDINHA DE MENINA É O CARALHO.

Show no SESC Consolação – Uma família, Seis ídolos e um sonho. 

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